Em um artigo (painel) do The New York Times, um grupo de especialistas se reuniu para discutir sobre medidas que devem ser tomadas após o auge da crise mundial para as pessoas retomarem a rotina nas ruas e em suas vidas.
O painel discutiu principalmente quando trazer eticamente as pessoas de volta ao trabalho, as escola, e a retomar os ritmos habituais da vida norte-americana. Além disso, foram destacados os princípios e valores que determinarão as escolhas que serão feitas em um futuro próximo.
Segundo Zeke Emanuel, Bioeticista, Oncologista, vice-reitor de iniciativas globais e diretor do Healthcare Transformation Instutite da Universidade da Pensilvânia, que liderou um grupo do Center for American Progress para criar um plano para acabar com a crise do Coronavírus, é preciso ter muita cautela com a circulação de pessoas após uma redução significativa de infestações para não causar uma segunda onda de pandemia.
“Em Hong Kong, Cingapura e outros lugares, estamos vendo ressurgimentos [dos casos] quando eles se abrem e permitem mais atividade. Vai ser essa montanha-russa, para cima e para baixo. A questão é: quando ressurgir, vamos conseguir fazer testes melhores e identificar os doentes para podermos focar em determinadas pessoas, isolá-las e não precisar impor novamente a quarentena para todos como fizemos antes? ”
Zeck enfatizou ainda que acredita que grandes eventos com um número elevado de público só poderão ser realizados com segurança em 2021 e não se mostrou muito positivo quanto a volta de aglomerações causadas por grandes eventos corporativos e grandes festivais:
“- Sim, reiniciar a economia deve ser feito em etapas, e precisa começar com mais distanciamento físico no local de trabalho que permita que as pessoas que são de baixo risco voltem. Certos tipos de construção, escritórios, nas quais você consegue manter uma distância de seis pés (1,82m), são mais razoáveis para começar mais cedo. Reuniões maiores, conferências, eventos – quando as pessoas dizem que vão reagendar para outubro de 2020, eu não tenho ideia de como eles acham que isso é uma possibilidade plausível. Acho que estes serão os últimos a voltar. Realisticamente, estamos falando no outono (outubro) de 2021, no mínimo.”
Para o acadêmico, reuniões assim não devem acontecer antes de setembro ou outubro de 2021, e enfatiza que o mínimo é realizar esse retorno em etapas, permitindo apenas que pessoas com baixíssimo risco de morte voltar ao ritmo habitual de trabalho, e ainda assim, mantendo 2 metros de distância uns dos outros. Zeck afirmou que encontros maiores como shows, eventos, conferências e demais aglomerações em escala devem ser replanejados dentro de uma realidade segura e plausível e completou que esses segmentos infelizmente serão os últimos a retornar.
Segundo os especialistas, os EUA precisam de uma política nacional para manter a população em suas casas até meados de maio. Posteriormente, aumentar os testes de Covid-19 e estabelecer um rastreamento de contatos infectados, comunicando pessoas próximas a eles para checarem seu estado de saúde. Pessoas que têm o vírus ou febre e pessoas próximas, seriam isoladas e também haveriam testes de uma amostra representativa em cada município, identificando a taxa de infecção na população, além do mapeamento e alertas
Eles afirmam que esses esforços forem implementados com assertividade, as restrições atuais comecem a diminuir em junho. Já se as etapas necessárias não forem tomadas, será imprescindível repensar a forma de gerenciar riscos.
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